O dia, para mim, não foi o que sonhei, envolvida em aromas doces, no quentinho da cozinha de forno ligado. Com farinha e açúcar espalhado pelas bancadas e com a avó a olhar para nós com olhar reprovador. Em vez disso, tive de deixar a criança que vive em mim adormecida um pouco mais, e deixar a adulta, sem vontade nenhuma, fluir, para ir trabalhar.
Mas mal cheguei a casa, não quis saber de mais nada, foi hora de ser feliz, apenas isso.
O tempo voou, para mim, para o meu Rei foi lento, ainda mais lento, não queria brincar, não queria comer, ansiava apenas, com todas as forças a chegada do Pai Natal.
Vive no imaginário dele desde sempre, e desde sempre que nos visita com o seu humor, o seu calor e a sua magia.
Passinho a passinho, lá iam os ponteiros do relógio girando, até que chegou a hora...
... com silêncio e com uma capacidade auditiva extrema, ouvimos os sinos das renas...
...A magia estava a começar...
A plenos pulmões, com todo o entusiasmo que conteve durante um ano inteiro, o Pequeno Rei chamou e chamou e chamou:
"Paaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiii Nataaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaal!!"
Até que...
"Oh Oh Oh"
A cara do Rei, a admiração, a alegria e o medo. Nada tem mais valor que estes momentos de pura magia, o meu Natal realizou-se ali naquele momento, mal o Pai Natal desceu as escadas.
Uma a uma as prendas foram distribuídas e Pequeno Rei entusiasmou-se com cada uma delas, sorriu e soltou gargalhadas. E o meu coração aqueceu, tanto e tanto.
Depois de tudo aberto, de papel de embrulho espalhado pelo chão, o Pai Natal despediu-se entre promessas, ele em como para o ano nos viria visitar, o Pequeno Rei em como se iria portar bem durante o ano que antecede o próximo Natal.
Momentos tão mágicos em que até eu volto novamente a sonhar.
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E assim foi a nossa aventura!! Que acharam???