Os 4 anos são maravilhosos!!
Uma fase de descoberta, mas também a fase da traquinice. Testam os nossos limites, fazem birras como ninguém, mas também começam a mostrar os traços mais fortes das suas personalidades, envergonham-nos e fazem-nos rir como ninguém. Já entendem tudo e são as nossas maiores companhias. Fazem asneiras escondidos. Mil olhos são poucos para termos atenção. Uma idade terrivelmente deliciosa (e alguém me diz que são e serão todas assim).
"Mãe quero uma goma!!"
Juro que não sei a quem este miúdo sai tão guloso. Não pode ver doces à frente, por vontade dele devorava-os todos num ápice. Eu não deixo. Não fosse o açúcar o meu maior inimigo, que transforma o meu doce filhinho num traquinas do pior (pois o açúcar, claro). Controlo a quantidade de doces que come, não o deixo abusar e por norma ele costuma ouvir-me.
"Agora não, espera um pouco" (aka "pode ser que te esqueças")
respondi-lhe, tentando distraí-lo noutra direcção. Fui à casa de banho, 2 minutos se tanto e foi o quanto bastou. Cheguei à sala estava no mesmo sítio, mas algo não estava bem. Com a pressa de esconder engasgou-se (só Deus sabe o quanto sofro quando isso acontece, mesmo não sendo nada de mal o chão foge-me dos pés, sempre fugiu, sempre há-de ser assim). [ espreitem aqui ]
Saltei, voei, não sei como cheguei verdadeiramente até ele. A cabeça rodopiou e eu sentia-me tonta. Segundos, não mais.
Caíram-lhe duas gomas da boca.
Olhou-me e rapidamente diz, fingindo-se admirado:
"Oh, é magia!!"
Não ri, não conseguia, só tive vontade de o abanar muito, para que percebesse o mal que me tinha feito. Não abanei claro. Depois uma súbita vontade de o abraçar. Não abracei.
Dei-lhe um pequeno sermão sobre ouvir a Mãe e acima de tudo obedecer à Mãe. E sobre as gomas, uma de cada vez sempre! E sem brincar!!
"Agora não, espera um pouco" (aka "pode ser que te esqueças")
respondi-lhe, tentando distraí-lo noutra direcção. Fui à casa de banho, 2 minutos se tanto e foi o quanto bastou. Cheguei à sala estava no mesmo sítio, mas algo não estava bem. Com a pressa de esconder engasgou-se (só Deus sabe o quanto sofro quando isso acontece, mesmo não sendo nada de mal o chão foge-me dos pés, sempre fugiu, sempre há-de ser assim). [ espreitem aqui ]
Saltei, voei, não sei como cheguei verdadeiramente até ele. A cabeça rodopiou e eu sentia-me tonta. Segundos, não mais.
Caíram-lhe duas gomas da boca.
Olhou-me e rapidamente diz, fingindo-se admirado:
"Oh, é magia!!"
Não ri, não conseguia, só tive vontade de o abanar muito, para que percebesse o mal que me tinha feito. Não abanei claro. Depois uma súbita vontade de o abraçar. Não abracei.
Dei-lhe um pequeno sermão sobre ouvir a Mãe e acima de tudo obedecer à Mãe. E sobre as gomas, uma de cada vez sempre! E sem brincar!!
Ele olhou-me com olhos tristes, de quem se apercebeu do mal que fez. Eu senti-me vitoriosa. E ele em jeito de desculpa (pensava eu), mas que afinal era de safado diz-me:
"Mas Mãe eu pedi-te! Perguntei-te 'Posso comer uma goma?' "
"Pois pediste, mas a Mãe disse para esperares!!"
"Oh Mãe..." [sacana] ".. mas eu ouvi-te, tu disseste:"
[e faz uma voz fininha tentando imitar-me]
" Podes filho... come duas!!"
E soltou uma enorme gargalhada.
O que é que eu faço com ele??!! Tive de fugir para me rir. Pensei em voltar a dar-lhe um sermão sobre mentiras, mas mudei de ideias. Não foi com a intenção de mentir, foi com a intenção de ser palhacito e de brincar.
"Mas Mãe eu pedi-te! Perguntei-te 'Posso comer uma goma?' "
"Pois pediste, mas a Mãe disse para esperares!!"
"Oh Mãe..." [sacana] ".. mas eu ouvi-te, tu disseste:"
[e faz uma voz fininha tentando imitar-me]
" Podes filho... come duas!!"
E soltou uma enorme gargalhada.
O que é que eu faço com ele??!! Tive de fugir para me rir. Pensei em voltar a dar-lhe um sermão sobre mentiras, mas mudei de ideias. Não foi com a intenção de mentir, foi com a intenção de ser palhacito e de brincar.
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E assim foi a nossa aventura!! Que acharam???