Nós mamas, sabemos perfeitamente que cada bebé é um bebé, que são todos diferentes, que cada um tem o seu ritmo, em todas as suas etapas. Uns demoram mais um tempo outros são mais precoces. Apesar de sabermos isso, acho que todas, no nosso íntimo, bem lá no nosso íntimo, queremos que o nosso seja o primeiro, e que faça tudo antes, apesar de na realidade isso não se verificar.
O primeiro dente, o sentar, o bater palmas, o andar, o falar.. mais tarde, a elaboração de frases, o raciocínio, a concretização de puzzles. Os brinquedos mais didácticos e cada vez mais difíceis.
Dentro de nós, queremos sempre que a realização seja precoce e que desenvolvam a um nível mais apressado, ao mesmo tempo que temos o desejo enorme de que não cresçam demasiado rápido.
Claro que eu não sou excepção, e que interiormente sempre quis que o Pequeno Rei fizesse tudo antes, mas o Pequeno Rei com a mania de me contrariar sempre fez tudo quando quis, na altura em que quis (então da fralda), e obviamente que não me importei, aliás ficava mais do que embebecida de cada nova conquista do meu Pequeno Rei, dei lhe sempre os parabéns, e lhe mostrei o meu entusiasmo (sim, quando o Pequeno Rei faz algo de novo, algo bem, é logo uma festa).
Então quando o Pequeno Rei tinha 20 mesinhos, uns singelos, inocentes e doces 20 mesinhos, os Papas no auge do orgulho de terem um menino que estava a ficar grande, decidimos oferecer lhe uma mota a bateria, toda fixolas, apesar do descontentamento e do pouco entusiasmo do Pequeno Rei. Acho que foi mais uma prenda que os papas queriam ao contrário de ser uma que faria as delícias do pequeno Rei. E o resultado, óbvio, que só nós não víamos, foi o esperado: um Pequeno Rei e uma mota, um pequeno rei saltitão e uma mota parada apesar de continuar no horizonte do Pequeno Rei, este nunca fez intenções de a usar. A mota fez a delícia de miúdos e graúdos que nós iam visitar, sob o olhar atento do dono, mas apenas isso, o olhar atento.
Desesperei, gastei uma pequena fortuna, exagerada pois, mas sabemos bem que estás coisinhas não são lá muito baratas. Pensei até em vende lá, era nova e se ele não a queria. Mas lá me convencia que tudo tem o seu tempo, e iria esperar um pouco mais, aliás a prenda era dele.
E não é que 12 meses depois, ah pois, um ano depois é que o Pequeno Rei olhou para ela, gostou e quis-a. Dei lha e andou e anda nela todo feliz da vida, carregando no acelerador lá vai ele.
E pronto,mais uma vez lá vem ele mostrar-me que é ele quem decide quando quer fazer as coisas..
Mamas, vamos lá a ter paciência.. todos têm o seu ritmo, e é isso que os torna únicos e tão maravilhosos!
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E assim foi a nossa aventura!! Que acharam???