A idade do "TUDO MEU"

Hi Babadas,

 por mais que a educação e valores que passamos aos Pequenos Reis tenha apenas uma direcção, a realidade é que esta se vai direcionar em outras tantas direcções. E tudo devido às várias fases que passam, e à sua própria personalidade (sim eu sei que está se vai formando ao longo do seu crescimento, mas acredito vivamente que em parte já está formada, apenas vai sendo moldada ao longo do tempo). 

Mesmo que lhes ensinemos que existe algo que não podem fazer, eles certamente que o irão fazer, é simplesmente inato, o acto de fazerem o contrário (por isso aplico a psicologia inversa, que se tem revelado um sucesso), e aí sim, somos importantes na sua orientação, já que o fizeram não haverá necessidade de o repetir, ou não.

O mesmo se aplica a valores que lhes queremos incutir, o de serem bons meninos, amigos do próximo, educados, e uma das minhas maiores preocupações, o de saberem partilhar. Ora aí, quem é mãe sabe o bem, a personalidade deles volta a agir. Por muito que lhes ensinemos que é bom partilhar, a realidade nem sempre é essa. Pelo menos quando se trata de coisas que lhes dissemos que são deles. A partilha torna se mais difícil, mas com as nossas investidas, torna se real.

Desde bem pequenino, que aplico certos valores com o Pequeno Rei, não sou rígida, muito pelo contrário, até me considero demasiado "não rígida", mas sempre gostei de lhe (tentar) incutir valores que para mim são muito importantes. E a verdade é que, como cresceu desta maneira tem se revelado o filho dos meus sonhos (e seria o de qualquer maneira, pois é o filho dos meus sonhos, ponto!!), extremamente meiguinho, fácil de lidar, um amor!! Mas como bem sabemos, a idade e o tempo trazem tudo não é??!! 

Então esta fase em que eles sentem a necessidade de nos desafiar, de tentar encontrar um lapso na nossa autoridade, nem se fala. A percepção que têm da realidade é cada vez maior, e querem vivenciar eles mesmos da maneira que querem e como querem!!!

Ultimamente, a questão da partilha tem sido, difícil difícil. Confesso que muitas vezes chego a desvalorizar até, na esperança de que seja apenas uma fase. Não é tanto com os brinquedos, mas com a comida. Quando depois de una tentativa frustrada de lhe dar um prato de papas (exemplo), em que recusa e recusa e recusa insistentemente, originando até uma pequena birra, acabando por desistir, ninguém pode comer a sua papa, ele não a quer, mas é dele logo não pode ser de mais ninguém. E confesso que por vezes me preocupa um pouco este facto.

Mas hoje, hoje mostrou aquilo que expliquei acima, a nossa orientação e um bom bocado de persistência podem dar finalmente frutos.

Foi ao quarto da Bivó, lampeiro, com a intenção de lhe "roubar" umas bolachinhas. A Bivó, logo de imediato, lhe ofereceu a caixinha das bolachas, onde apenas existiam 3. Com a sua mãozinha gorducha apanhou 2, deixando uma, insistimos para que tirasse todas, ele, observando nos com ar de reprovação diz acertadamente:

"Não, só duas, senão a Vó não tem!!"

E lá deixou uma para a Bivó. Obviamente que babei, e babei muito, ao ver que o Pequeno Rei percebe o que realmente é a partilha. Escusado será dizer que a Bivó comeu logo a bolacha, não fosse o Pequeno Rei mudar de ideias.

Beijinhos
With Love
Mamã & Pequeno Rei