O ser humano é algo maravilhoso, a sua mente é algo que me fascina e intriga desde sempre. Mas o que me deixa mesmo maravilhada é o crescimento, o amadurecimento da nossa mente. A inocência e os anos que derivam dela.
De bebé a menino, toda a infância é fascinante. O modo como as crianças vêm o mundo, a vida e a beleza de na inocência descomplicar o que nunca foi complicado.
De bebé a menino, toda a infância é fascinante. O modo como as crianças vêm o mundo, a vida e a beleza de na inocência descomplicar o que nunca foi complicado.
Não importa que o céu seja cor-de-rosa, que as nuvens se pintem de amarelo. Que a relva seja azul e que o mar seja de todas as cores que quisermos. A vida é vivida, os momentos são para eles uma eternidade e por vezes parecem até durar para sempre.
Adoro observar o meu Pequeno Rei, desde sempre. Adoro vê-lo brincar, sempre teve um jeito tão dele de o fazer. Organiza à sua maneira, arruma desarrumando. Observa, fala, sonha, imagina. Às vezes sinto inveja, queria ver o que ele vê, sentindo o que ele sente.
Adoro conversar com ele. Há tanto tempo que assim é, acho que desde sempre. Ele fala pelos cotovelos, sempre falou, conta e explica o que está a contar. Tem teorias, tantas e tantas, e conta-mas. Às vezes esqueço-me da idade dele, com as palavras que usa, com as conversas que temos. Adora falar, mas não gosta de ser interrompido, nem gozado. É igual a mim, cheio de ideias e ideais, mas com uma sensibilidade do tamanho do mundo. Adoro o toque que dá em cada tema, adoro o modo com que a sua expressão muda, os olhos bem abertos, vivos e atentos a tudo. Não fala sempre do mesmo. Existem assuntos sobre os quais nunca fala, não quer e eu, respeito isso. Não pergunto e ele não se sente pressionado a responder. Mas às vezes a inspiração, a vontade de abrir o coração, leva-o a abrir-se um pouco mais, com um ar envergonhado, que lhe dá um encanto especial.
"Mãe... o Gonçalo anda sempre, sempre, sempre (sempre!) agarrado a mim. Sempre! Deve pensar que sou namorado dele!"
diz-me num revirar de olhos. Olho-o e espero pelo que mais ali vem, eu sei que vem. Devagarinho, mas vem. Olha para os pés novamente, brinca desajeitadamente com eles:
"A Leonor..."
arrepende-se, cala-se novamente. Eu sorrio encantada sem ser vista.
"Sabes Mãe..." , ganha coragem
"A Leonor é minha amiga não é?" pausa profunda, "no outro dia, ela deu-me um beijinho sabes?"
Atropelei-o "Onde? Na bochecha?"
não me respondeu, "Avi onde? Na bochecha?" insisti mais mil e uma vezes sem resposta.
Envergonhado olha-me, aponta para o canto da boca. Cora um pouco. Sorrio ao vê-lo tão pouco à vontade, tão envergonhado.
"E tu que fizeste?" , pergunto
"Eu? Eu sorri!"
♡ ♡
E antes que pudesse dizer mais alguma coisa ele deu o assunto por terminado
"Mas não quero falar mais neste assunto, tenho vergonha!"
Owwwnnnn,
Estou a sentir-me velha!
Adoro observar o meu Pequeno Rei, desde sempre. Adoro vê-lo brincar, sempre teve um jeito tão dele de o fazer. Organiza à sua maneira, arruma desarrumando. Observa, fala, sonha, imagina. Às vezes sinto inveja, queria ver o que ele vê, sentindo o que ele sente.
Adoro conversar com ele. Há tanto tempo que assim é, acho que desde sempre. Ele fala pelos cotovelos, sempre falou, conta e explica o que está a contar. Tem teorias, tantas e tantas, e conta-mas. Às vezes esqueço-me da idade dele, com as palavras que usa, com as conversas que temos. Adora falar, mas não gosta de ser interrompido, nem gozado. É igual a mim, cheio de ideias e ideais, mas com uma sensibilidade do tamanho do mundo. Adoro o toque que dá em cada tema, adoro o modo com que a sua expressão muda, os olhos bem abertos, vivos e atentos a tudo. Não fala sempre do mesmo. Existem assuntos sobre os quais nunca fala, não quer e eu, respeito isso. Não pergunto e ele não se sente pressionado a responder. Mas às vezes a inspiração, a vontade de abrir o coração, leva-o a abrir-se um pouco mais, com um ar envergonhado, que lhe dá um encanto especial.
"Mãe... o Gonçalo anda sempre, sempre, sempre (sempre!) agarrado a mim. Sempre! Deve pensar que sou namorado dele!"
diz-me num revirar de olhos. Olho-o e espero pelo que mais ali vem, eu sei que vem. Devagarinho, mas vem. Olha para os pés novamente, brinca desajeitadamente com eles:
"A Leonor..."
arrepende-se, cala-se novamente. Eu sorrio encantada sem ser vista.
"Sabes Mãe..." , ganha coragem
"A Leonor é minha amiga não é?" pausa profunda, "no outro dia, ela deu-me um beijinho sabes?"
Atropelei-o "Onde? Na bochecha?"
não me respondeu, "Avi onde? Na bochecha?" insisti mais mil e uma vezes sem resposta.
Envergonhado olha-me, aponta para o canto da boca. Cora um pouco. Sorrio ao vê-lo tão pouco à vontade, tão envergonhado.
"E tu que fizeste?" , pergunto
"Eu? Eu sorri!"
♡ ♡
E antes que pudesse dizer mais alguma coisa ele deu o assunto por terminado
Owwwnnnn,
Estou a sentir-me velha!
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E assim foi a nossa aventura!! Que acharam???