A gravidez foi das coisas mais maravilhosas que me aconteceu, mesmo.
Foi muitoooo desejada e mal se fez sentir. Nunca tive os sintomas chamados "normais" da gravidez, nunca vomitei ou me senti indisposta. A fome diminuiu, apenas me sentia mais cansada do que normal, mas algo me diz que a gravidez foi apenas uma desculpa para poder dormir mais!!
Desejos tive apenas um, doido, mas sentia uma vontade enorme de comer saladas de tomates (dizem que a culpa é minha por ter vindo um pilas...ihih), e apenas houve uma comida que deixei de comer, pois não conseguia, frango guisado!!! A barriga sempre foi pequenina e amiga e do inicio ao fim deixou-me fazer tudo, trabalhei até aos 8 meses (numa fabrica por turnos rotativos de semana a semana), e apenas pus baixa porque a obstetra me obrigou, o Pequeno Rei era um ratito tão pequenino que a partir daí as minhas indicações foram comer e deitar-me. A balança continuou a ser minha amiga, cheguei ao final com 55 Kg, 6 ganhos durante a gravidez e logo logo perdidos após o parto (ainda fiquei mais magra, o parto e o inicio da maternidade foram muito complicados para mim). Logo, quando às 42 semanas fui internada para me induzirem o parto, todos desconfiaram de mim, não acreditavam que estaria já de termo. (Aliás tenho amigos do namorido que mesmo estando comigo nos ultimos dias não sabiam sequer que eu estava grávida).
Criei desde bem cedo uma ligação com o meu Rei, comecei a senti-lo bastante cedo, primeiro bem ligeiro e depois.... parecia que queria sair da barriga à força. Sempre que me sentia mais agitada ou mais em baixo lá o meu Rei me dava um pontapé de reconforto. Era maravilhoso, uma sensação de estar dentro de um sonho, de estar sempre a sonhar acordada. Mãozinha na barriga, acariciando, e sorriso na cara, essa minha alegria era superior a tudo. Estava mesmo feliz, fui mesmo feliz durante toda a gravidez!!
Arrumei, desarrumei e voltei a arrumar, vezes e vezes sem conta a roupinha do meu filho, tinha tudo organizado por tamanhos nas gavetas, tinha organizado também os conjuntos interiores com os exteriores que iria vestir. Olhava a roupinha tão pequenina e imaginava vezes e vezes sem conta como ele seria,
"seria parecido comigo ou com o Pai???"
"Seria careca, como o chorão que tive em pequena???"
Tinha um desejo bem íntimo que assim fosse
"Teria os meus olhos??? Os do Pai??? Ou teria aqueles belos olhos do avô??? como eu queria tantooo!!"
Tantas e tantas perguntas passavam por mim e eu lá ia sonhando acordada.
A mala da maternidade, foi do que mais gostei de fazer, escolhi cada uma das pecinhas (mais tarde a minha Mãe acabou por levar mais, pois ficámos mais tempo internados) acariciando-as, sentindo aquele cheiro tão bom, que ainda hoje a roupa dele tem. Escolhi com amor, sonhando. Para o primeiro dia seria aquele conjunto que o Pai me oferecera nos meus anos, em Abril imagine-se, só tinha medo que fosse pequeno. Sim porque o Pai raramente acerta em tamanhos e decidiu comprar uma roupa para bebé prematuro, 45 cm (mal sabia eu que seria a ÚNICA roupa que lhe serviria), mas o que conta é a intenção e o conjunto era realmente amoroso. O cobertor não era novo, mas parecia, foi dos meus primos e a minha tia carinhosamente mo ofereceu, fiz questão que aquele fosse o primeiro. A fraldinha do Anjo da Guarda também tinha de pertencer a esse primeiro conjunto, foi a avó que lho comprou, com tanto amor e carinho, pedindo a todos os Anjinhos que o guiassem sempre.
Depois, escolhi a roupa para o dia em que o meu Rei viesse conhecer a nossa casa, o nosso Lar, com amor, escolhi aquele conjunto que amei mal o vi e que a avó, uma vez mais, fez toda a questão de comprar. Não lhe disse a minha escolha, seria uma surpresa e com toda a certeza ela iria adorar, e adorou.
Fraldas nunca são demais e toalhitas,ainda bem que as levei, a crise ainda não se tinha instalado mas já se fazia sentir, o stock das gases para os limpar tinha terminado. Chucha, contra todas as indicações levei, e ainda bem, o meu Pequeno Rei já tinha o vício da sucção dentro da minha barriga, e sem chucha eu estava tramada. Os lençois, para não usar os da maternidade, as fraldas de pano, mal sabia eu que me dariam tanto jeito na hora de lhe trocar a fralda, o maroto adorava fazer xixi nessa hora.
As primeiras toalhas de banho... A escova e o pente, que nunca foram usados.
Tudo escolhido com amor e carinho. Foi tão bom quando tive de fazer as malas, sentir que estava perto de o conhecer. Todo aquele amor, toda a ansiedade vieram ao de cima, foi realmente mágico.
4 anos se passaram desde aí!!!!
(Encontrei estas fotos e não resisti)
O primeiro cobertor |
As fraldas de pano bordadas pela Mamã |
A roupinha para o ultimo dia |
Para o primeiro dia |
A roupinha que o Papá ofereceu para ser a primeira |
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E assim foi a nossa aventura!! Que acharam???