Pequenos Raios de Sol

O Outono chegou...

já se vê e é tão belo... já se sente e já é tão frio...

Os dias são cada vez mais pequeninos, mas a vontade de sonhar e voar é cada vez maior.

A chuva... essa já se avizinha.. faz falta, eu sei, mas era tão bom que não fizesse.

Também gostamos da chuva, apenas não gostamos quando vem para ficar.

Por isso, aproveitamos ao máximo sempre que o Sol brilha. Tão bom sentir estes pequenos raios de sol, enquanto aproveitamos estes dias em tons castanhos, tão belos...

Não estamos preparados para o frio...

Ainda não estávamos preparados para nos despedirmos do Verão...

Mas enquanto tivermos dias assim, adoramos este Outono...

Lazy Sunday

Estes dias...

estes dias têm sido tão intensos, tão recheados.

Temos andado a um ritmo alucinante, para que haja sempre o tempo de "Nós". Um tempo só nosso e que nos faz tanta falta, e precisamos dele todos os dias, dia após dia.

E quando chega o fim de semana e pensamos que tudo vai abrandar, lá voltamos nós a correr um bocadinho mais para que tenhamos sempre tempo para o mais importante.

Depois de conhecermos um novo ambiente, diferente de tudo a que está habituado e dedicado à religião (começamos o 1o Catecismo), o domingo foi um dia para nós e apenas para nós!!

Nas mãos dele estava a decisão do que queria para esse dia, e para nossa sorte, a feirinha da nossa vila, sempre dedicada aos mais novos, ajudou na decisão. Insufláveis, zumba e tantas atividades para fazermos em família. E para terminar o dia, eu e ele, no nosso parque!

Meu Mini-Me

E no final de mais um dia enorme... cheio de aventuras, de sorrisos perdidos e de gargalhadas saltitantes, entre um beijinho de boa noite e um abraço bem apertadinho, para nos lembrarmos sempre o quanto gostamos um do outro, diz-me ele,

"Mãe... tens de me comprar uma cola daquelas de baton..."

na serenidade da noite, em que amamos com ainda mais força, depois de um dia longe um do outro, pergunto-lhe calmamente, embalada nesta calma estranha, mas deliciosa:

"Porquê amor?? A Mãe comprou duas no inicio do ano..."

Com um pontinho de doçura, confessa, com uma pitada de orgulho:

"Oh mãe... a Beatriz e a Mariana gostaram tanto do cheiro das minhas cola... disseram-me que cheiravam tão bem... e eu dei-lhas!"

No escuro da noite, onde ele não me pode ver, sorri, com os lábios e com o coração. Sorri e lembre-me das palavras da minha Mãe...

"Tu, quando entraste para a escola eras terrível, fartei-me de gastar dinheiro contigo. Davas o teu material todo aos outros meninos, dizias que tinhas pena deles."

A genética é realmente algo tramado, mas aqui que ninguém nos ouve, confesso que me senti orgulhosa do meu Rei.